Em 1950, durante a Copa do Mundo, ocorreu um trágico acidente aéreo nas proximidades do Morro do Chapéu, entre Sapucaia do Sul e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. O avião, um Constellation da Panair do Brasil, que havia decolado do Rio de Janeiro, tentava pousar na Base Aérea de Gravataí (hoje Canoas) em condições climáticas adversas. O piloto fez duas tentativas frustradas de aterrissagem devido à baixa visibilidade causada por chuva intensa. Na terceira tentativa, a aeronave se chocou contra o Morro do Chapéu, uma área montanhosa de difícil acesso.

Na época, Sapucaia do Sul ainda era um distrito de São Leopoldo, o que conectava o acidente à cidade. O impacto da queda e a explosão resultante deixaram um cenário devastador, com 51 vítimas fatais, todas carbonizadas ou mutiladas. Equipes de resgate tiveram dificuldades para acessar os destroços por conta do terreno íngreme e das chamas que consumiram a vegetação.

Esse acidente comoveu o Rio Grande do Sul e causou grande comoção em São Leopoldo, onde se espalharam rapidamente boatos sobre a queda do avião. Na capital, Porto Alegre, familiares dos passageiros buscavam desesperadamente por informações. A tragédia marcou uma das maiores perdas da aviação civil brasileira na época(Giro de Gravataí)(HISTÓRIAS DO VALE DO CAÍ).
Através da escrita de um livro, essa história permanece viva na memória local, sendo o Morro do Chapéu, atualmente, um local para esportes radicais e conhecido ponto de referência na região.
